sábado, 8 de novembro de 2008

Se existe alguém com quem beber e falar bobagem sempre foi um prazer, esse alguém é o Jot. E nos tempos de perrenga, sempre houve um lugar sagrado pra qualquer um que ou estudou na UFES ou frequentou minimamente Jardim da Penha: o Bar Restaurante e Lanchonete Nivilomas. Só que como esse nome é muito grande e além de tudo feio pra caralho, devido a um pequeno problema anatomico do proprietário do bar, o estabelecimento era chamado normalmente de Mãozinha.
E no mãozinha rolava uma promoção de Brahma. Nao lembro se era dose dupla de garrafa ou preço irrisório até às 23h. Mas lembro que até esse horário era fácil ver desde estudantes de cursinho até universitários e recém formados na pindura, chapando o côco e descobrindo o quao bela a vida e algumas mulheres podem ser sob o efeito do álcool.
Salvos dessa segunda parte de admiração etílica, pois ambos tínhamos namoradas (e ele se casou com a namorada dele), fomos pro famigerado Maozinha tomar umas.
O problema é que chegamos perto das 19h.E ficamos até o final da promoção. Passa tempo, passa carro, cai chuva, passa chuva e ficamos.
E bebemos.
E empenamos.
E a fome bateu.
Já no caminho de volta pra casa - minha casa, onde hospedaria o cidadão naquela noite - a fome cresceu.
Eu, que sempre gostei de cozinhar, resolvi ir pra cozinha, tentar fazer algo que prestasse pra saciar os vermes malditos do submundo intestinal, completamente insandecidos pelo álcool.
E cortei uma cacetada de verdura e legumes e frango, na vã esperança de que saísse um chop suey ou similar.
E a mulher dizendo: "Pára de onda e vai dormir. Voce vai fazer merda e acordar todo mundo."
ATENÇÃO PARA ESTA PARTE
Respondi a frase mais temida da história da humanidade:

"Não aluga porque EU SEI O QUE ESTOU FAZENDO".

E ao ficar "pronta" a gororoba, um silêncio sepulcral se lança cozinha a dentro.
Jot comeu a parada toda mudo. Eu também.
Quando terminou, ele envergonhado ou em um possivel estado de torpor, pede:

"Tem água aí?"

Foi quando percebi que a garrafa de quase meio litro de shoyu tinha estava pela metade.

Moral da História: shoyu na mão de bêbado é arma
Moral da História - parte 2: quem diz que "sabe o que está fazendo", normalmente não tem a menor idéia da cagada que se aproxima

Um comentário:

Anônimo disse...

hahahahahahahahahahah

Boas lembranças! :D